ABSTRACT
A fibrose periportal esquistossomótica observada no modelo murino apareceu muito mais freqüentemente (69,2 por cento) em camundongos submetidos a múltiplas infecçöes pelo Schistosoma mansoni do que naqueles animais com infecçäo única (11,1 por cento). A contagem dos ovos depositados no fígado näo diferiu significativamente nos dois grupos ao término dos experimentos. Embora näo tenha ficado esclarecido o motivo pelo qual as infecçöes repetidas favorecem o desenvolvimento da fibrose periportal esquistossomótica, os dados observados fornecem apoio experimental às observaçöes clínico-epidemiológicas que sugerem ter as reinfecçöes um papel na patogenia da forma hepato-esplênica da esquistossomose
Subject(s)
Animals , Male , Female , Mice , Liver Diseases, Parasitic/pathology , Portal System/physiopathology , Schistosoma mansoni/parasitology , Schistosomiasis mansoni/complications , Biomphalaria/immunology , Biomphalaria/parasitology , Vascular Diseases/parasitology , Liver/parasitology , Hepatomegaly/etiology , Liver Diseases, Parasitic/epidemiology , Mice , Parasite Egg Count , Schistosoma mansoni/immunology , Splenomegaly/etiologySubject(s)
Humans , Adrenal Glands/blood supply , Chagas Disease/immunology , Leukocytes/immunology , Cell Adhesion , Adrenal Glands/immunology , Heart/parasitology , Chagas Disease/parasitology , Vascular Diseases/immunology , Vascular Diseases/parasitology , Immunity, Cellular , Myocardium/immunology , Veins/immunology , Veins/parasitologyABSTRACT
Camundongos infectados com 30 cercárias do Schistosoma mansoni desenvolveram fibrose porta em virtude de um depósito progressivo e concentrado de ovos na regiäo periportal, o que aconteceu a partir da 16ª semana da infecçäo. Esta fibrose certas características da chamada fibrose "pipe-stem" do homem vista na forma hepatoesplênica da esquistossomose, tais como obstruçäo das radiculas porta, telangiectasia, conexäo fibrosa entre espaços porta e entre estes e veias centrais, além de certo grau de fibrose septal, presença dos granulomas em várias fases evolutivas e reaçäo inflamatória crônica difusa, enquanto o parênquima hepático mantinha a sua estrutura lobular normal. As técnicas de injeçäo vascular com tinta da China e com vinilite feitas no sistema porta permitiram a elucidaçäo do mecanismo da concentraçäo de ovos (e conseqüentemente de fibrose) nos espaços porta. Observou-se que após certo tempo da infecçäo, abrem-se colaterais que saem diretamente em ângulo reto dos principais ramos porta. Após a 16ª semana de infecçäo em diante, os ovos tendem a se depositar nestas colaterais, ao invés de se distribuírem difusamente nos finos ramos terminais como acontece antes deste período. A fibrose "pipe-stem" do camundongo tem muitas semelhanças com a lesäo humana, embora näo seja facilmente demonstrável macroscopicamente, tudo indicando que se desenvolva na base de uma mesma patogenia